Insensibilidade
Em que lugar do mundo eu larguei minha alma? Em que lugar eu arranquei-a de mim e me transformei neste ser vazio, desbotado, amassado???? Quando, em que momento exato, eu a expurguei e tranquei o coração? Quando foi que eu me transformei neste ser insensível?
Queria voltar a ter os olhos adocicados e esperançosos, brilhantes e crentes de que o amor ainda é capaz de mudar tudo... Queria as borboletas, a revoada, a alegria, o tom, a cor... Queria o amor. Mas ele não vem, ele não veio, talvez, não venha nunca mais.
Não!!! Não quero sentimentos piedosos, não quero olhos lacrimejantes... Quero apenas compreender porque fui condenada a esta solidão insone, que me observa e me acompanha, gruda em mim e não permite que ninguém mais se aproxime. Porque, no lugar de um coração fiel, transbordante, aberto, receptivo; há hoje um coração de pedra, duro, fechado, frio, que não bate mais, que não salta mais, que não me engasga mais a garganta????
Em que presídio de segurança máxima foi apreendida a minha capacidade de amar, condenada a prisão perpétua?
Insensibilidade
Queria voltar a ter os olhos adocicados e esperançosos, brilhantes e crentes de que o amor ainda é capaz de mudar tudo... Queria as borboletas, a revoada, a alegria, o tom, a cor... Queria o amor. Mas ele não vem, ele não veio, talvez, não venha nunca mais.
Não!!! Não quero sentimentos piedosos, não quero olhos lacrimejantes... Quero apenas compreender porque fui condenada a esta solidão insone, que me observa e me acompanha, gruda em mim e não permite que ninguém mais se aproxime. Porque, no lugar de um coração fiel, transbordante, aberto, receptivo; há hoje um coração de pedra, duro, fechado, frio, que não bate mais, que não salta mais, que não me engasga mais a garganta????
Em que presídio de segurança máxima foi apreendida a minha capacidade de amar, condenada a prisão perpétua?
Insensibilidade
Pede clemência
Quer da paixão, a demência
Do amor, a consciência
De sua completa insuficiência
Ajoelha e se desespera
Quer de novo a primavera
Quer o amor de novela
Quer, ávida, a aquarela
Clama pela revoada
Pela alma fisgada
Por, no coração, a flechada
Pela vida desviada
Suplica pela sensação
Por, nos seus olhos, clarão
No seu corpo, a tentação
No seu sexo, tesão
Mas a alma extenuada
É deserta, está morta, é penada
Coração é coisa trancada
Que já não sente nada
E em seu desconsolo
O corpo não segura o choro
E perde todo o decoro
Só para sentir de novo
Mas não sente.
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É deserta, está morta, é penada
Coração é coisa trancada
Que já não sente nada
E em seu desconsolo
O corpo não segura o choro
E perde todo o decoro
Só para sentir de novo
Mas não sente.
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Please, comentem e deixem o endereço de vocês porque ficaram todos no comp do pelô antigo! Beijos aos que ainda vêm aqui!
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