aberta ao mundo

Ando pela vida como se abertos estivessem todos os caminhos do mundo. (Mário Quintana)

17.1.05

O casamento

Comentei com vocês acerca do casamento de dois amigos do tempo de colégio, Falcão e Luana. Pessoas com quem convivi durante um longo período de minha vida, ele, com certeza, bem mais que ela. O casamento realizou-se sábado, 15/01/2005, na mesma Igreja em que meus pais se casaram. Não bastasse a emoção de vê-los no altar, sendo madrinha e testemunha deste dia e de todo o relacionamento deles, ainda tinha que ser na Igreja em que meus pais casaram e em que fui batizada. Mas voltemos um pouco a fita para que eu conte todos os percalços deste dia.

Liguei para o salão para saber a que horas deveria estar lá para fazer cabelo e maquiagem. Todas as mulheres me entendem neste momento, janeiro é mês de muitas festas, casamentos, formaturas e os salões ficam abarrotados! Marquei às três horas, achando que lá pela seis estaria pronta. Beleza! No horário combinado fui ao Salão, a bicha louca do meu cabelereiro, que me conhece desde a época dos piolhos, resolveu que eu ia furar a fila, deu um queixo nas demais clientes e resumo da ópera: às 16:00 horas, eu já estava penteada e maquiada!

Fui pra casa sem saber o que fazer até as 18:00! Como é que eu ia segurar aquela maquiagem no calor de verão que faz em Fortaleza em Janeiro, e o pior: como segurar o penteado?!?! Enfim, fiquei meio dura, assistindo à TV, com o ventilador no 3 ligado em cima de mim, até umas cinco e meia, sim, porque eu ainda ia buscar a minha amiguinha Rochelle (estou chamando de amiguinha para não colocar palavras de baixo calão no meu blog!).

Ligo para a Rochelle às 17:45, como madrinhas, deveríamos estar na Igreja às 19:00h, ela me atende, ainda do salão, diz que está beeem longe de estar pronta e me deixa nervosa! Minha mãe e minha tia resolvem me acompanhar. Vou encontrar a Rochelle no salão. Qual foi a minha surpresa ao encontrá-la, ainda desmaquiada, com o cabelo ainda solto, de chinelos e short jeans!!! Não vai dar tempo! O santo do namorado dela resolve ir comigo até a casa da moça, enquanto ela termina tudo no cabeleireiro, e pegar vestido, sandálias, jóias, bolsa etc. para que ela se produzisse lá no salão mesmo.

Ao chegar na casa da dita cuja, ninguém. Isso mesmo, ninguém em casa e nem ela nem o namorado tinham a chave. Desespero. Não vai dar tempo! Ligo para a infeliz, que diz que vai ligar para a mãe. Não sei como, e depois de esperar uns 20 minutos na porta, a chave apareceu. Alguém veio deixar. Pegamos tudo e saímos correndo de volta ao salão. Nessa hora, Rochelle terminava a maquiagem, eram 18:45! Não vai dar tempo! Corremos não sei para onde, fizemos a muda de gata borralheira à Cinderela e saímos correndo para a Igreja. Todavia, antes de chegar lá, ainda teríamos que deixar o santo do namorado dela na parada, minha mãe e minha tia na casa desta. Não vai dar tempo!

Dirigi feito uma louca! Maiquel Xumaquer (não sei escrever o nome desse infeliz!) teria inveja de mim. Chegamos na Igreja às 19:10 e, e, e?... Não tinha ninguém! Gabriel e sua digníssima já estavam lá! Mas só nós quatro mesmo! Esperamos feito tontos... Enfim, os demais padrinhos, conhecidos, convidados foram chegando. O noivo, todo garboso, parecia mesmo um pingüim. O PA, querendo ser um tal de Walney Haidar, com a sua linda girlfriend (sei que muitos acharão esse comentário hipócrita, mas é verdade! Só que ela esqueceu que nunca se deve usar preto em casamentos. Preto é para enterros, funerais, velórios, não para casamentos. Mas tudo bem! KKKKKK!!!).

Esqueci-me de dizer que a metida da minha mãe resolveu que iria assistir à cerimônia e foi, sem ser convidada! Confesso que na hora que Luana entrou e a marcha nupcial ecoou dentro da Igreja, não contive as lágrimas (nem eu nem Gabriel). Sim, eu também quero me casar! Não basta ser inteligente, independente, bem sucedida, financeiramente estável, viajar o mundo, falar três idiomas, conhecer várias pessoas, ser bem relacionada... Isso tudo são muitos sonhos que acalento e acalentam minhas noites, mas eu quero casar, sim! Família, filhos barulhentos, almoços de domingos, presentes de Natal, pipoca com DVD no final de semana, com aquela cabecinha quente que a gente só quer proteger mais que tudo, quero saber o que é instinto maternal, quero tudo isso para ser feliz!!!

Voltando ao casório, saímos da Igreja, fui deixar minha mãe metida em casa e quase não encontro o tal do Buffet. Quando, enfim, encontro-o, minha mãe liga dizendo que tinha deixado a chave de casa dentro do carro. Ninguém merece!!!! Volto para deixar a chave com ela. Ao chegar na festa, todos esperavam-nos, eu e Rochelle, para as fotos com os padrinhos. Na hora do buquê, só raiva. Advinha quem pegou??? A namorada do PA! Grrrrrrr! Ai, que ódio! Será que ela pensa mesmo que vai casar com ele?!?! Doce ilusão!

Fim de festa. Conversamos, bebemos, lamentamos e festejamos, sentimo-nos felizes pelo momento pelo qual passamos. Sim, meus amigos começam a casar. E eu? Eu simplesmente espero a pessoa errada da minha vida chegar. Que sejam felizes os noivos e todos nós!!!

PS: Rochelle, você não merece meeeeeessssssmo a amiga que eu sou!