Para o Ano Novo!
Algum poeta já falou que deve ter sido um grande sábio este que resolveu dividir o tempo em frações anuais, pois permitiu a renovação da esperança, da crença em grandes realizações, do sentimento de que “daqui pra frente tudo vai ser diferente”; enfim, do começar de novo, zerado, e modificar tudo no porvir. Quando se está esgotado, desanimado, cansado dos tapas na cara, das quedas, dos tropeções vem o fim de ano e faz com que acreditemos que o futuro será melhor.
No momento em que todos fazemos a listinha de desejos e pedidos para o Ano Novo, em que projetamos sonhos e planos para um futuro próximo, em que se programa grandes realizações e conquistas ainda maiores; paro e reflito sobre FELICIDADE.
Passamos a vida inteira buscando incessantemente por ela, desejando-a, sonhando com ela. Mas porque colocamo-la sempre à frente, no futuro??? Condicionamos sua existência a QUANDO’s a SE’s. Empurramos a felicidade para um momento além, para um depois. “SE comprasse aquela casa!”; “SE trocasse o carro!”; “SE ganhasse na loto!”; “SE tivesse dinheiro!”; “QUANDO fizer aquela viagem!”; “QUANDO encontrar o príncipe encantado”; “QUANDO tiver um tempinho”... Se e quando, serei feliz!
Sublimamos as pequenas realizações do dia-a-dia. Esquecemo-nos das alegrias cotidianas. Ficamos tão atentos e fixados no ponto final da estrada que esquecemos de apreciar as flores do caminho, o sol sobre a cabeça, o vento no rosto. Os amigos que fazem companhia... Vamos em linha reta, obstinados, afinal de contas, somos pessoas determinadas, com objetivos de vida bem definidos e muita garra e vontade de chegar lá! O erro é que a obstinação, a determinação, a garra, a vontade acabam por ocultar a beleza do gerúndio, do indo, crescendo, andando, evoluindo, aprendendo, desenvolvendo, VIVENDO.
Descobri que de nada serve fazer listinha de projetos para o ano que vem porque a probabilidade de efetivá-los é exatamente igual a de não os conseguir. Porém, a decepção com o advento da segunda é devastadora. Para que planos e projetos e cronogramas e estratagemas, se ao final a gente acaba mesmo sendo surpreendido pelas peças pregadas pelo destino??? A inexorabilidade do futuro não permite que percamos tempo com detalhes ínfimos. Aprendi que o que importa é o momento presente, o tempo presente, o hoje, porque o amanhã é por demais incerto.
Um dia desses um grande amigo me perguntou se o fim do Direito, em sendo a felicidade do homem, não seria inatingível. Respondi com veemência que não, absolutamente. Embora o homem seja insaciável por natureza, o Direito busca garantir e proteger, foi isso que respondi, a felicidade do gerúndio, do caminho, do percurso, dos pequenos detalhes do cotidiano que permitem que continuemos na estrada.
Em vez de nos fixarmos no adiante, fitemos o presente com um olhar mais criterioso e percebamos quantas maravilhas nos rodeiam. Em vez de perder tanto tempo calculando, planejando, esquematizando, tentando ser alguém no futuro; gastemos nossas horas a fazer as coisas mais aprazíveis. Agradeçamos pela vida; pela comida deliciosa de domingo; pela família reunida, mesmo que seja apenas em datas comemorativas; pelos grandes amigos de todas as horas e pelos colegas de de vez em quando; pelo nascer do sol na volta das baladas ou pelo sol na praia aos domingos ou pelo banho de chuva; pela saúde e energia para dançar a noite inteira e, às vezes, sobreviver aos porres; pela tranqüilidade de acordar ao meio-dia do sábado na sua própria cama; pela possibilidade de fazer planos e sonhar sem ter que pensar antes no que se terá para almoçar; pelo orgulho que se pode proporcionar aos pais; pelo brilho nos olhos daquela pessoa mais que especial quando ouve você dizer que a ama; por estar vivo e ter oportunidade de vivenciar tudo isso. Só isso! Para que mais???
No momento em que todos fazemos a listinha de desejos e pedidos para o Ano Novo, em que projetamos sonhos e planos para um futuro próximo, em que se programa grandes realizações e conquistas ainda maiores; paro e reflito sobre FELICIDADE.
Passamos a vida inteira buscando incessantemente por ela, desejando-a, sonhando com ela. Mas porque colocamo-la sempre à frente, no futuro??? Condicionamos sua existência a QUANDO’s a SE’s. Empurramos a felicidade para um momento além, para um depois. “SE comprasse aquela casa!”; “SE trocasse o carro!”; “SE ganhasse na loto!”; “SE tivesse dinheiro!”; “QUANDO fizer aquela viagem!”; “QUANDO encontrar o príncipe encantado”; “QUANDO tiver um tempinho”... Se e quando, serei feliz!
Sublimamos as pequenas realizações do dia-a-dia. Esquecemo-nos das alegrias cotidianas. Ficamos tão atentos e fixados no ponto final da estrada que esquecemos de apreciar as flores do caminho, o sol sobre a cabeça, o vento no rosto. Os amigos que fazem companhia... Vamos em linha reta, obstinados, afinal de contas, somos pessoas determinadas, com objetivos de vida bem definidos e muita garra e vontade de chegar lá! O erro é que a obstinação, a determinação, a garra, a vontade acabam por ocultar a beleza do gerúndio, do indo, crescendo, andando, evoluindo, aprendendo, desenvolvendo, VIVENDO.
Descobri que de nada serve fazer listinha de projetos para o ano que vem porque a probabilidade de efetivá-los é exatamente igual a de não os conseguir. Porém, a decepção com o advento da segunda é devastadora. Para que planos e projetos e cronogramas e estratagemas, se ao final a gente acaba mesmo sendo surpreendido pelas peças pregadas pelo destino??? A inexorabilidade do futuro não permite que percamos tempo com detalhes ínfimos. Aprendi que o que importa é o momento presente, o tempo presente, o hoje, porque o amanhã é por demais incerto.
Um dia desses um grande amigo me perguntou se o fim do Direito, em sendo a felicidade do homem, não seria inatingível. Respondi com veemência que não, absolutamente. Embora o homem seja insaciável por natureza, o Direito busca garantir e proteger, foi isso que respondi, a felicidade do gerúndio, do caminho, do percurso, dos pequenos detalhes do cotidiano que permitem que continuemos na estrada.
Em vez de nos fixarmos no adiante, fitemos o presente com um olhar mais criterioso e percebamos quantas maravilhas nos rodeiam. Em vez de perder tanto tempo calculando, planejando, esquematizando, tentando ser alguém no futuro; gastemos nossas horas a fazer as coisas mais aprazíveis. Agradeçamos pela vida; pela comida deliciosa de domingo; pela família reunida, mesmo que seja apenas em datas comemorativas; pelos grandes amigos de todas as horas e pelos colegas de de vez em quando; pelo nascer do sol na volta das baladas ou pelo sol na praia aos domingos ou pelo banho de chuva; pela saúde e energia para dançar a noite inteira e, às vezes, sobreviver aos porres; pela tranqüilidade de acordar ao meio-dia do sábado na sua própria cama; pela possibilidade de fazer planos e sonhar sem ter que pensar antes no que se terá para almoçar; pelo orgulho que se pode proporcionar aos pais; pelo brilho nos olhos daquela pessoa mais que especial quando ouve você dizer que a ama; por estar vivo e ter oportunidade de vivenciar tudo isso. Só isso! Para que mais???
Vivamos como folhas secas, à mercê do vento. Não temos como saber, a priori, aonde ele nos levará (nem teremos nunca); mas podemos degustar as surpresas do destino. E, se este não for tão bom assim, que saibamos esperar a brisa que nos guiará até lá. Lá? Onde é lá? Isso importa??? Deixe-se levar, viva o novo, aproveite! Abra os braços, a mente, o coração, o espírito. Deixe a vida te guiar. Para 2005, só tenho um plano: estarei ABERTA AO MUNDO!
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