aberta ao mundo

Ando pela vida como se abertos estivessem todos os caminhos do mundo. (Mário Quintana)

22.12.05

Cenas dos próximos capítulos...

Meus queridos,

Sei que a dona desta biroska aqui (como diria minha amiga blogueira, Can) está em falta com vocês todos. Mas sabe como é, faculdade quando sai da greve fica um estresse. Ex se formando, estresse! Fim de ano, estresse! Falta de dinheiro pra comprar presente pra todo mundo que gostaria estresse! Enfim, minha vida tá uma correria!

Quero apenas que saibam que dentro em breve voltarei a postar. Já pedi a conta, falta fazer o balancete e passar a régua. Nos próximos capítulos, minhas reflexões de 2005 e meus projetos de 2006. É muita coisa sobre o que pensar!

Se eu não voltar a postar antes do Natal, Feliz Natal a todos os meus leitores e comentadores queridos!!!

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Ela saía caminhando normalmente daquele elefante branco, como chamavam aquela obra descontextualizada de todo projeto arquitetônico da cidade (se é que existia um). Ouvia, atrás de si, pisadas fortes, firmes, barulhentas. Sabia que era um homem! Olhou de rabo de olho e confirmou. Sim, era um homem, desses comuns por ali, engravatado, terno escuro, igual aos outros, não fosse o peso do olhar dele sobre ela. Aquele olhar na nuca que você sente antes mesmo de confirmar, antes mesmo de se virar, antes de olhar para trás.
Ela fingiu que não viu, não deu trela e continuou caminhando até o carro. Ele logo atrás dela. Enquanto virava a chave na porta, ela se rendeu e deu uma olhada em direção a ele, que, indo em direção ao próprio carro, continuava a olhá-la. Ela entrou no carro às pressas e deu uma risada. Saiu séria, rápido, quase cantava pneus e sem olhar para ele.
Ao dobrar a esquina, vê o carro dele passando a sua frente. A risada, que ele viu pelo retrovisor, foi inevitável. Ele emparelhou seu carro ao dela, gesticulava pedindo pra que ela baixasse os vidros. Ela só ria! Ao parar em um sinal, novamente com os carros emparelhados, ele pediu que ela baixasse o vidro, dissesse o nome, desse o telefone. Ela ria com a persistência do rapaz e, sim, baixou o vidro, disse o nome e deu o número.