aberta ao mundo

Ando pela vida como se abertos estivessem todos os caminhos do mundo. (Mário Quintana)

8.11.05

Aflição

Tenha coragem de mudar. Se está uma merda, pior não pode ficar... Quer dizer, até pode, mas vale tentar. Tente até acertar. Apesar do meu tom jocoso e da rima irritante, é a mais pura verdade. Vejo pessoas e mais pessoas arrastando relacionamentos por isso ou por aquilo, sendo infelizes, procurando um outro brilho em cada olhar alheio, esperando um momento - que nunca chega - em que tudo vai mudar, se conformando com a conformidade do conformismo conformado. Estoure a corda antes que a queda seja maior ainda! Procure ser feliz, procure por quem será feliz com você. Todo Batman tem seu Robin, todo Romeu tem sua maledeta Julieta, todo Lula tem seu Dirceu... e por aí vai.

Cabe perfeitamente para inúmeras pessoas que conheço!

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Querido Diário.

- O que toca aqui: Los Hermanos

- "Saudade é como um parto. Dói que só, depois alivia. E, em seguida, a dor vem pior ainda!" (Uma Pessoa me disse exatamente isso hoje)

- Alguém se sentiu ofendido com o meu comentário sobre os cearenses no post anterior. Disse que eu tivera experiências ruins e que ele poderia mudar meu conceito. Eu, incrédula que sou, fui checar o orkut do rapaz: "relation serieuse" (Há mais de ano! Ninguém merece!). E, agora, quem poderá me defender???

- Ansiosa com a chegada dos livros que encomendei Caio 3D (Décadas de 70 e 80). Morram de inveja minhas querídissimas amigas blogueiras! Devorá-los-ei!

- E rói a unha e pensa. E pensa e rói a unha. Entra na net e fica fazendo conjecturas de como será lá. E estuda, estuda, estuda. E lê, lê, lê. E pensa que vai sentir saudade daqui. E pensa que vai adorar viver lá. E fica ansiosa sem saber o que falar. E pensa que tá tão perto. E pensa que se não for, vai doer taaanto. E pensar que se for, doerá também. Mas ela vai, algo dentro dela diz que ela vai. É hora de cortar o cordão. É hora de mudar de ares. Há algo dentro dela que sobe e desce, mexe e remexe, e não a deixa dormir em paz. E ela passa a noite inteira em claro. E sonha com os momentos finais. E acorda desejando que o sonho se realize. E ela só fala disso agora, com todo mundo (menos com quem ela não pode falar). E ela começa a planejar a vida lá, sem querer deixar a vida daqui. E ela chora, e ela ri, ela não cabe mais em si.

- Alguém escreveu isso aqui que é bem cabível, passem lá no Café (link aí do lado):

"É uma coisa parecida com aflição a respeito dos distúrbios nervosos, algo assim como se diluísse o organismo por dentro... uma cola seca de uma precisão momentânea... Alguma coisa misteriosa e ao mesmo tempo real, que vive e remexe as víceras, faz o sangue arder nas veias, faz o ar interior ficar rarefeito... capazes de deixar o conteúdo celular estondiantemente loquaz... Causa pânico, medo, apreenssão, fúria, desconexão... Num caminho sem volta... até que o pessimismo impere... e depois chove bastante, molha tudo o que tem pra molhar e lava com toda intensidade o peito carregado. No momento seguinte, depois de uma olhadimnha discreta para trás, sente-se um estado de ânimo/espírito, condizente com aquele de antes de tudo, de antes de começar a sentir esta aflição... "